Se você pesquisa sobre tendências de varejo, inovação e experiência do cliente, provavelmente já esbarrou em um termo recorrente: NRF Retail’s Big Show. O evento acontece em Nova York, reúne lideranças do varejo e da tecnologia e costuma antecipar, de forma bem prática, o que vai ganhar escala nos meses seguintes.
Este artigo é um guia completo para você entender o que é a NRF, como o evento funciona, quais temas dominam a programação e como usar os aprendizados com um olhar de marketing e design.
O que é a NRF e o que é o Retail’s Big Show
NRF é a sigla para National Retail Federation, (que em tradução livre pro portugues significa Federação Nacional do Varejo) é uma entidade que se apresenta como a maior associação setorial de varejo do mundo (em termos de representatividade do setor). (NRF)
Já o NRF Retail’s Big Show é o evento anual mais conhecido da organização, tradicionalmente realizado em Nova York, no Jacob K. Javits Convention Center (imagem ao lado).
A própria NRF divulga a edição NRF 2026: Retail’s Big Show com datas e local, o que ajuda a entender que se trata de um encontro recorrente, planejado com antecedência. (NRF)
Na prática, vale pensar no Big Show como duas experiências ao mesmo tempo:
- Conferência: palestras, painéis e trilhas com executivos do varejo, marcas, plataformas e especialistas.
- Expo (feira): área de exposição com fornecedores de tecnologia, soluções e serviços, com demonstrações e casos reais.
Essa combinação faz o evento ser útil tanto para quem toma decisões estratégicas, como gestores, quanto para quem precisa executar ações com eficiência, como gerentes e pessoas de operações.
Por que a NRF é referência para tendências de varejo
Nem todo evento “dita tendências”. A NRF costuma influenciar porque concentra, em poucos dias, três elementos que raramente aparecem juntos com tanta força:
- Decisores e cases reais
O conteúdo tende a vir de quem está operando: redes, marketplaces, marcas de consumo, logística, tecnologia e pagamentos. - Tecnologia aplicada e demonstrável
No Expo, é comum ver soluções funcionando, não só conceitos. Em vez de promessas abstratas, você vê fluxo, interface, integração e dados. - Efeito calendário
Como acontece no começo do ano (em geral janeiro), o evento vira um termômetro para prioridades de orçamento, projetos e pilotos.
Por isso, a NRF funciona como uma “bússola” para o varejo global: ela mostra para onde estão indo os investimentos, o que virou padrão e o que ainda está em validação.
Como o evento se organiza (palestras, expo, trilhas)
A estrutura exata muda a cada edição, mas o formato costuma seguir um desenho bem consistente:
Conferência (keynotes e sessões)
Você encontra:
- Keynotes com executivos e líderes do setor.
- Sessões temáticas por trilha (ex.: experiência do cliente, IA, operações, loja física, supply chain, retail media).
- Debates e painéis com casos e aprendizados.
A própria NRF publica páginas de recap e programação com exemplos de conteúdos e replays, incluindo blocos voltados a demos e zonas temáticas. (nrfbigshow.nrf.com)
Expo (pavilhão de exposição)
O Expo costuma ser onde o varejo vira “tangível”. É o lugar para ver:
- Plataformas de e-commerce e omnichannel
- Soluções de dados e personalização
- Automação e operações de loja
- Pagamentos e antifraude
- Logística e última milha
- Retail media e mensuração
Também aparecem formatos como demos de expositores e zonas temáticas, mencionadas nos materiais do evento. (nrfbigshow.nrf.com)
Trilhas e palcos especiais
Nos últimos anos, o tema IA ganhou tanta relevância que a própria organização passou a divulgar palcos e sessões dedicadas ao assunto, incluindo menções a agentic AI e tecnologias emergentes. (nrfbigshow.nrf.com)
Principais temas que costumam dominar o evento
A NRF muda de “moda”, mas não muda de eixo. Os temas abaixo aparecem ano sim, ano também. É dificil precisar se isso será tão relevante na próxima edição, mas eles são tão presentes, pois são as dores e oportunidades mais universais do varejo.
Experiência do cliente
Aqui entram assuntos como:
- Personalização do atendimento e da vitrine digital
- Fricção no checkout (online e físico)
- Integração entre loja física, app e e-commerce
- Atendimento e relacionamento em escala
- Comunidades e fidelidade com propósito claro
Para marketing e design, isso costuma se traduzir em uma pergunta simples: qual parte da experiência está “quebrando” a conversão ou a fidelidade? Muitas vezes a resposta não está no tráfego, e sim no percurso.
Tecnologia e IA
O tema de tecnologia sempre foi grande, mas IA virou um tópico central, com destaque para aplicações que afetam:
- Recomendações e personalização
- Previsão de demanda e otimização de estoque
- Atendimento e suporte com automação
- Visão computacional (loja, prateleira, prevenção de perdas)
- Criação e variação de peças criativas e catálogos (com governança)
Se você quer base para discutir IA com maturidade no marketing, vale complementar com estes conteúdos da Pontodesign:
- Tipos de Inteligência Artificial: guia prático para quem trabalha com marketing e vendas
- Como a Inteligência Artificial impacta o marketing digital
Operações e omnichannel
Esse eixo costuma ser o “lado B” do varejo, mas é onde muita margem se ganha (ou se perde). Exemplos comuns:
- Estoque unificado e visibilidade por canal
- BOPIS, ship-from-store e retirada inteligente
- Otimização de supply chain, ruptura e reposição
- Padronização operacional para escalar experiência
Do ponto de vista de comunicação, o desafio aqui é transformar operação em argumento: prazo, disponibilidade e confiança impactam conversão tanto quanto anúncio.
Sustentabilidade e novos modelos
A pauta de sustentabilidade aparece menos como “discurso” e mais como modelo de eficiência e reputação:
- Circularidade, recommerce e revenda
- Redução de desperdício e eficiência energética
- Rastreabilidade e transparência
- Embalagens, logística reversa e compliance
Para marcas, isso vira diferencial quando é comprovável, mensurável e bem contado. Caso contrário, vira só mais uma mensagem genérica.
O que olhar com “olhar de marketing, marketing digital e design”
Aqui na Pontodesign, a gente acompanha de perto os grandes eventos de criação, inovação, design e marketing para duas coisas bem objetivas: ampliar repertório com critério e traduzir sinais do mercado em decisões práticas. A NRF é valiosa exatamente por isso. Ela coloca, no mesmo lugar, marca, tecnologia, operação e comportamento de consumo, tudo no contexto real do varejo.
Se você trabalha com marca e branding, performance e criação, a NRF tende a gerar valor em três níveis que se conectam diretamente com o que fazemos no dia a dia com nossos clientes: referências, decisões e execução.
1) Referências que viram repertório útil
Não é sobre “copiar tendência”. É sobre capturar padrões e transformar isso em repertório aplicável, do tipo que melhora briefing, clareia direção criativa e aumenta a qualidade das escolhas.
O que vale observar com atenção, pensando em marketing, design e digital:
- Como as marcas desenham jornadas híbridas (loja, app, e-commerce, atendimento) e onde elas “quebram”. Isso vira insumo para revisar navegação, páginas-chave e fluxos de compra.
- Como o visual merchandising conversa com mobile e social. O ponto de venda vira mídia, e isso influencia linguagem visual, consistência de marca e direção de conteúdo.
- Como o conteúdo entra na loja (telas, QR codes, ativações, vitrines que educam). Aqui nasce uma ponte direta entre campanha e experiência física.
- Como experiências de serviço viram narrativa de marca. Atendimento, retirada, troca e pós-venda geram histórias. E histórias viram criativos, landing pages e conteúdo que converte.
Em resumo: referência boa é a que vira critério. E critério é o que deixa marca mais consistente e campanha mais eficiente.
2) Decisões que mudam o jogo e pedem estratégia
Aqui entram temas que mexem em estrutura e alinhamento. São decisões que pedem coordenação entre marketing, produto e operação, porque impactam promessa de marca e entrega real.
Três frentes aparecem com força nesse nível:
- Personalização com governança: dados, consentimento, consistência de comunicação e de oferta. Personalizar sem controle costuma gerar ruído e perda de confiança.
- Retail media com criatividade orientada a resultado: não basta “comprar mídia”, é preciso criar variações alinhadas ao contexto, ao inventário e ao momento do funil.
- Conteúdo para a jornada completa: do primeiro contato até a recompra. Isso muda pauta, formato, régua de relacionamento e o jeito de medir performance.
E aqui entra um ponto bem ligado ao que fazemos na Pontodesign: crescimento previsível exige base sólida. Se o seu foco é ranqueamento orgânico e consistência de demanda, vale tratar SEO como estratégia contínua, com tema, arquitetura e rotina de melhoria, e não como ação pontual. Estes conteúdos ajudam a estruturar essa lógica:
- Análise de SEO: como entender o que está funcionando e o que travando o crescimento
- Técnicas de SEO pouco conhecidas e eficientes
3) Execução que vira resultado (o que dá para aplicar rápido)
A melhor parte da NRF é voltar com um “checklist inteligente” e transformar insight em entrega. Mesmo sem projeto gigante, dá para implementar melhorias com impacto em pouco tempo, principalmente quando marketing e design trabalham com prioridade clara.
Alguns exemplos práticos que costumam gerar resultado rápido:
- Revisar páginas de categoria e produto com foco em intenção de busca: títulos, descrições, FAQs, prova social, navegação, filtros e conteúdo que ajuda a decidir.
- Ajustar criativos e variações por etapa do funil: mensagens diferentes para descoberta, consideração e conversão, com testes consistentes e aprendizados acumulados.
- Padronizar landing pages de campanha e captação: estrutura, hierarquia visual, elementos de confiança, velocidade, SEO básico e mensuração.
- Conectar loja e digital de forma simples: QR codes com propósito claro, páginas dedicadas por campanha, conteúdos que respondem dúvidas reais e reduzem atrito no atendimento.
Para apoiar essa execução, estes conteúdos entram bem como base (e viram pontos de link interno no seu cluster):
Como aproveitar o conteúdo mesmo sem estar lá
Nem todo mundo vai a Nova York, e tudo bem. Dá para extrair bastante valor seguindo uma rotina simples:
- Comece pelos canais oficiais
- Site do evento e agenda
- Recaps com fotos, destaques e replays
- Conteúdo de blog e materiais pós-evento
A NRF costuma reunir em páginas oficiais links para recap, fotos, vídeos e cobertura. (nrfbigshow.nrf.com)
- Acompanhe análises de consultorias e veículos
Relatórios de takeaways costumam resumir temas, maturidade das soluções e o que está “pronto para escala”. Um exemplo é o tipo de análise publicada por grandes consultorias após a edição. (PwC) - No Brasil, siga quem traduz para a realidade local
Há entidades e veículos brasileiros que costumam publicar resumos e leituras voltadas ao mercado daqui, como associações setoriais e cobertura especializada. (ABF) - Transforme “tendência” em checklist de decisão
Pergunte:
- Isso resolve qual problema real (conversão, ruptura, margem, fidelidade)?
- Depende de dados e integração? Em que nível?
- Dá para testar em 30 dias? Qual métrica valida?
Esse passo é o que separa conteúdo inspirador de conteúdo aplicável.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que é a NRF?
NRF é a sigla para National Retail Federation, uma organização que representa o setor e realiza eventos e pesquisas ligados ao varejo. (NRF)
O que é o NRF Retail’s Big Show?
É o principal evento anual da NRF, com conferência e feira (Expo), tradicionalmente realizado em Nova York. (NRF)
Onde acontece o NRF Retail’s Big Show?
No Jacob K. Javits Convention Center, em Nova York. (Javits Center)
Em que mês acontece a NRF?
Geralmente em janeiro. A NRF divulga a edição de 2026 em janeiro, por exemplo. (NRF)
Vale a pena ir para quem trabalha com marketing e design?
Sim, especialmente se você quer repertório, visão de futuro e referências aplicáveis em experiência de marca, omnichannel, performance e tecnologia. O segredo é ir com objetivo e um recorte claro do que observar.
Dá para acompanhar a NRF sem ir ao evento?
Dá. Recaps oficiais, replays e análises de mercado costumam cobrir os principais temas e exemplos. (nrfbigshow.nrf.com)
Como saber o que vai estar em alta na edição?
A própria NRF publica informações e destaques, inclusive iniciativas dedicadas a IA e tecnologias emergentes. (nrfbigshow.nrf.com)
Como usar a NRF para gerar conteúdo e SEO?
Transforme o evento em um cluster: comece por uma página pilar (este artigo) e crie conteúdos satélites sobre temas específicos (IA no varejo, retail media, loja do futuro, experiência omnichannel, etc.), sempre interlinkando e atualizando após o evento.
Conclusão
O NRF Retail’s Big Show é mais do que uma feira: é um ponto de encontro onde o varejo global alinha linguagem, prioridades e próximos passos. Para quem atua com marketing e design, o valor está em traduzir tendências em decisões concretas, com foco em experiência, conversão, marca e eficiência.
Quer transformar tendências do varejo em ações de marketing e design? Fale com a Pontodesign para um diagnóstico e um plano de prioridades.
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